sábado, 19 de junho de 2010

Serena.

Ela estava sorrindo. Não, ela estava séria e pensativa. Mas, não fossem pelos olhos falantes, dificilmente eu teria percebido seu pensamento real. Apesar da aparência tranquila, e da eficiência nas tarefas cotidianas, os olhos vibravam o real filme que se passavam em sua mente.

Ela resolveu falar. E de lá saíram todas as agruras do peito. A palavra cortava. Os gestos gritavam uma dor difícil. O apelo entrava na mente dos que estavam à sua volta, e o grito sufocado surgiu. Bateu na minha dor...

E eu tive que escrever. Tive que escrever sobre dores, e angústias, e apelos, e tremor de pernas e de mentes.
Tive que escrever sobre peitos rasgados, choro amargurado, desengano teu e meu.
Tive que escrever, mais ainda, sobre calmaria, companhia, razão de ser, peso embora, liberdade, sobre alma leve, ventania, ser pessoa, caminhada, nuvem branca, mão amiga, minha e tua.

Serena...
Eu quis escrever sobre a vida.



Para uma amiga querida. Ela sabe.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

.

“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos.”



Marguerite Yourcenar

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Impenetrável. Infinito.

" O outro é inacessível não porque é impenetrável, mas sim porque é infinito."





De não-sei-quem-inteligente-sensível.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Época de...

O vento veio, bem forte.
E a areia voou, pra longe.
Fez um redemoinho.
Depois, acentou.
Há época de voo.
E há época de...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Baseado.

' a fidelidade que podia oferecer, era a de ser quem é.'




Baseado na minha interpretação do texto secreto de P. I.
“O contato pode nos trazer muita dor.
E traz. Mas é dor de nascimento e
crescimento, que, logo ou mais adiante,
vai fazer a magia da liberdade”.


Casarin