sábado, 30 de outubro de 2010
Dicionário
Ansiedade é uma energia caótica, que surge quando a mente está num ritmo, e o coração em outro.
Medo é o reaparecer do bicho papão da infância, com garras bem maiores.
Impotência é uma paralização de corpos e de mentes.
Tristeza é uma dor que faz a gente não respirar direito.
Mentira surge quando a boca de quem fala e o ouvido de quem escuta não combinam.
Paz é o espírito relembrando que não há o que temer.
Encanto é quando as almas se reconhecem.
Escrever... Ah, escrever! ... É dar saída para ideias vivas.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Insatisfação. Criação.
Não a insatisfação que paralisa, aquela causada pela impossibilidade da felicidade absoluta; mas a insatisfação que nos coloca em movimento, carregando tudo o que somos em busca permanente de sentido. Desejar é estar sempre no caminho, conscientes de que o fim não importa. O fim já está dado, o resto tudo é possibilidade.” '
Ana Adelaide
Quero tudo ter Estrela, flor, estilo
'Eu não quero ver
Você cuspindo ódio
Eu não quero ver
Você fumando ópio
Pra sarar a dor
Eu não quero ver
Você chorar veneno
Não quero beber
O teu café pequeno
Eu não quero isso
Seja lá o que isso for...
Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo
Acenando tchau...
Não quero medir
A altura do tombo
Nem passar agosto
Esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro
Este hoje, escuro
O maior desejo da boca
É o beijo
Eu não quero ter o Tejo
Me escorrendo das mãos...
Quero a Guanabara
Quero o rio Nilo
Quero tudo ter
Estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo
Água e sal...
Nada tem
Vez em quando tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Quero viver, quero ouvir
Quero ver'
Baleiro. Zeca.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Encontro.
Deve ser para isso que o encontrar serve.
Para se sentir entendido, acolhido. Para voltar a acreditar em mágica.
Qualquer mágica.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Ele veio me visitar.
Cecília.
Uso palavras dos outros.
"Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar."
Meireles.
Uso palavras dos outros.
"Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada."