quarta-feira, 28 de abril de 2010

Se enfiar na própria história. O valor de.

O valor, belo valor, de se enfiar nas próprias histórias e questões.

Só entende bem o outro, quem entende a si mesmo.

Espelho meu.

sábado, 17 de abril de 2010

Sereníssima.

Não acredito em nada além do que duvido.
Você espera as respostas que eu não tenho, mas não vou brigar por causa disso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os pensadores.

"Esse ódio de tudo que é humano, de tudo que é animal, e mais ainda de tudo que é 'matéria', este horror dos sentidos... este temor da felicidade e da beleza; este desejo de fugir de tudo o que é aparência, mudança, devir, morte, esforço, desejo mesmo, tudo isso significa... vontade de aniquilamento, hostilidade à vida, recusa em se admitir as condições fundamentais da própria vida".

Nietzsche.

Leia de novo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dos pingos que caem do céu.


Quando eu era criança, aproveitava bem melhor a chuva.

Minhas tias construíam barquinhos de papel de jornal, se molhavam inteiras no percurso até o outro lado da rua, e colocavam o barquinho na pequena correnteza que se formava no desnível da rua, entre a calçada e o asfalto.
Ficávamos olhando o barquinho seguir seu curso, até que a água da chuva o ensopava, e o afundava.

Hoje, no ponto de ônibus, a chuva me molhou inteira. Eu estava preocupada com a minha roupa, com os meus sapatos, com os meus papéis. Eu estava preocupada.

Mas, bem de longe, vi algo se movendo em meio a lama. Algo feliz na chuva. Eram dois cães. Eles brincavam felizes, rolavam na grama, pulavam, giravam, percebiam os pingos que caíam do céu como algo mágico, digno de ser experimentado.

Eu parei, e deixei a chuva me molhar toda, ainda mais, e queria beber aquela água, pra sempre.
Porém, quando eu era criança...

Aproveitava bem melhor a chuva.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

E nem doeu.

Ela retirou a tampa de mármore.

Olhou bem de frente. Encarou.

E nem doeu.