sábado, 22 de maio de 2010

Voz.

O pensamento mais elevado.
A voz interna persistente.
O que você veio fazer aqui, você terá ajuda.
Seguir o caminho.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O país das Maravilhas em Alice.


Alice tem que enfrentar uma batalha, e ainda nem sabe disso direito. Alice é uma guerreira, e nem se deu conta.
O tempo parou de passar para o Chapeleiro Maluco, porque Alice não estava lá. Só havia realmente sentido em ser refém das horas se fosse por um bom motivo. Havia uma falta de lucidez bem racional, usada em prol de algo.
A Rainha Vermelha vê mais sentido em ser temida do que em ser amada.
O Coelho sabia que só precisava passar de relance para chamar a atenção de Alice. Ele sabia que ela queria ver o Coelho Branco, tanto é que viu. E o seguiu.
Uma lagarta, que bem que podia ser a consciência de Alice, que a questionava o tempo inteiro quem era ela. Quem era ela... Quem ela era...
Alice, que mudava tanto de tamanho, e tinha que contar com roupas que já não lhe cabiam mais. Com realidades que já não lhe cabiam mais. Com caminhos que já não lhe cabiam mais.
Dois irmãos gêmeos, que deveriam ajudar a jovem Alice a decidir o caminho, mas sempre apontavam para caminhos distintos, confusos... Para caminhos opostos. Alice tem que decidir.
A bondade, o medo, a conquista, o enfrentamento, o descobrir, o mistério, o encantamento... Tudo.
Alice mata o monstro. Morre de medo, mas o medo só a deixa após a possibilidade de enfrentamento. Ela vence. E, como prêmio, pode ter o sangue, que a levará para onde ela quiser.
"Posso voltar para casa?" Se você assim desejar, pode... Pode o impossível, o possível, e o voltar pra casa.


O país das Maravilhas sempre esteve dentro de Alice, porque sempre a pertenceu.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um samba sobre o infinito.

"Silêncio, por favor ...

Não diga nada sobre os meus defeitos
Eu não me lembro mais quem me deixou assim ...

Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer, ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito."


Para ver as meninas. Da Viola, Paulinho.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sobre um todo de emoção.

É como se existisse alguma coisa ainda por acontecer.
Alguma coisa que lembrasse aquele sonho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Esfregar.

Ele veio para esfregar na cara dela todas aquelas verdades horríveis.
Verdades que falavam do que ela queria viver, do que queria estar fazendo. Mas não estava.
Esfregou na cara dela de forma suave, já que era meigo, verdadeiro, e estava mostrando através do ato mais genuíno e doloroso: inventou de fazer da própria vida uma obra de arte. Uma forma de viver bem linda e apavorante.
Ele esfregou na cara dela verdades que ela já conhecia.
Ele esfregou na cara dela verdades que ela já não acreditava.


Canção:

Larga de ser boba e vem comigo
Existe um mundo novo e quero te mostrar
Que não se aprende em nenhum livro
Basta ter coragem pra se libertar, viver, amar

De que valem as luzes da cidade
Se no meu caminho a luz é natural
Descansar na sombra de uma árvore
Ouvindo os pássaros cantar, cantar, é...

H.

domingo, 2 de maio de 2010

Dessas pessoas aí.


Dessas pessoas aí que querem viver minha vida. Saber o que faço. Se estou feliz. Se estou fazendo alguma coisa de futuro.

Dessas pessoas aí, que querem sugar o que digo. E querem olhar minhas fotos. Saber dos meus vestidos. Do meu coração.

Dessas pessoas aí, que querem saber do meu brilho. Do meu olho tranquilo. Da minha palavra certeira.

Dessas pessoas aí, que querem viver minha vida, por estarem perdidas, no que seriam as suas.

Que me olham, e querem descobrir os meus jeitos.


Cansei delas. Qualquer um pode virar uma dessas pessoas aí.

Deus me livre.

Era um criar de asas.


O que havia de tão especial naqueles tempos?

Era um não sei o que de certeza, um não sei por onde de euforia, uma coisa toda de leveza leve.

Era uma estrela, uma lua, um sol, uma chuva, uma cachoeira, um banho de mar completo.

Era uma vida toda. Toda bem inteira. Era um criar de asas.

Era de um voar diário. Voar alto, voar longe, voar com vento por entre dedos e cabelos.

Era de uma inteireza...

Era inteiro.




Para Marina, e para mim.

sábado, 1 de maio de 2010

Solitária.


Ela estava sozinha. Solitária.
Perdida no emaranhado de estar perto de si mesma.
Entre tantas verdades, sensações, lembranças, histórias, medos, ânsias, fomes, febres.
Ela estava só, perto do selvagem coração da vida.



Foto tirada por mim, na Estação Lisboa Oriente, Portugal.
Passageira desconhecida. E sozinha.