quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Lenda no chá das cinco.

Ela começou a chorar. Não, chorar não, que não chorava muito.
Ria descontroladamente. Não, não...
Saiu por aí colocando a energia da vida pra fora. Foi mostrar a face na noite. Não, não, não...
Relembrou da mágica da vida. Não.


Estava doendo. Tudo pulsava num descompasso. Ela temia. Ela repensava. Ela se fazia sofrer.
Apesar disso, o chá das cinco ainda era servido, todos os dias. Sim, sim, sim.

E ela, ia fazer o que com essa bagagem? Ela não sabia, não sabia.
Ia... Ficar por ali. Relembrando ser gente. Relembrando o espelho. Pensando nas armadilhas da sua mente e do seu coração.
Ia, ia ficar por ali. Relembrando a luz cortante da escuridão. Acreditando na força puxante da vida. Pulsante.

Mas, por enquanto, acreditando, só. Só acreditando.

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