segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Da rua, dos bichos, das crianças e do barulho.

Da rua, dos bichos, das crianças e do barulho proveniente deles.
Quando se está longe, é fácil ser engolida por qualquer coisa que lembre o virtual.
Ainda bem que existem seres barulhentos, que nos convidam a acordar desse sono sonâmbulo, e ir ver a vida.
Uma volta pelo quarteirão faz muito pelo cérebro eletrônico de alguém.
Sinto falta da época em que as ruas, e os bichos, e as crianças e os barulhos se cruzavam, da maneira mais harmônica possível. O que sentimos ao dar de cara com esses despertadores de consciência é algo realmente delicioso, e nada nunca será melhor do que as relações que travamos.
De nada importa o lugar, sem as pessoas. O bom e velho 'bom dia' pelas ruas, ir comprar pão, observar as paisagens e o que isso tudo faz com a gente é bem cotidiano, mas bem mágico.
Tive vontade de afagar o bichinho, brincar com o bebê, conversar com a idosa, engolir tudo que eles tem pra me dar. Por que a fome do mundo e dos detalhes é companheira velha.
Viva as sensações, o clima, a respiração, o ver, o escutar, o paladar e o colorido ou o sépia dos passeios pelo quarteirão.

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