domingo, 28 de fevereiro de 2010

Confissão. Assim, contada.


Confissão. Assim, contada. No pé do ouvido.

Ele, quase melhor amigo dela, disse...

Que nunca foi realmente feliz em nenhum relacionamento. Pelo menos, não nos relacionamentos formais. Sempre havia a ideia de que estava perdendo algo, sempre uma angústia de se perguntar se deveria estar realmente ali, sempre um não viver... Algo que escapava.

Os relacionamentos informais não, eles davam uma sensação de liberdade realmente instigante. Mas nunca duraram o tempo suficiente para mostrarem a que vieram.

Todas aquelas coisas sobre o amor... Ah, ele achava um saco. De ser calmo. De superar problemas. Do sofrimento ser recompensador. Ah...

Queria mais. Queria querer a pessoa todo dia. Gostar do cheiro. Admirar. Fazer poesia com inspiração. Saber das maravilhas do mundo, mas preferir estar na maravilha do contato com uma mulher só. De sentir frio na barriga quando visse. Mesmo depois de anos juntos. De gostar de ver luar, ouvir viola, beijar com sabor. De querer admirar, cantar canção pra ninar, se envolver.

Acho que ele queria demais. Por isso está só até hoje. Idealista. ... Será?


6 comentários:

  1. Thainá, acho que ele queria demais mesmo!
    E acho que é isso que faz valer a pena...

    É preciso ter muita coragem pra querer mais.



    Bjão

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  2. Ah, e a frase que dá título àquele post, é um verso da música do Lenine. Fique à vontade... rs. :)

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  3. 'É preciso muita coragem para querer mais'...

    Que bom.

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  4. Eu quero tudo isso. E a liberdade de acender ou não um Marlboro no final.

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