quarta-feira, 19 de maio de 2010

O país das Maravilhas em Alice.


Alice tem que enfrentar uma batalha, e ainda nem sabe disso direito. Alice é uma guerreira, e nem se deu conta.
O tempo parou de passar para o Chapeleiro Maluco, porque Alice não estava lá. Só havia realmente sentido em ser refém das horas se fosse por um bom motivo. Havia uma falta de lucidez bem racional, usada em prol de algo.
A Rainha Vermelha vê mais sentido em ser temida do que em ser amada.
O Coelho sabia que só precisava passar de relance para chamar a atenção de Alice. Ele sabia que ela queria ver o Coelho Branco, tanto é que viu. E o seguiu.
Uma lagarta, que bem que podia ser a consciência de Alice, que a questionava o tempo inteiro quem era ela. Quem era ela... Quem ela era...
Alice, que mudava tanto de tamanho, e tinha que contar com roupas que já não lhe cabiam mais. Com realidades que já não lhe cabiam mais. Com caminhos que já não lhe cabiam mais.
Dois irmãos gêmeos, que deveriam ajudar a jovem Alice a decidir o caminho, mas sempre apontavam para caminhos distintos, confusos... Para caminhos opostos. Alice tem que decidir.
A bondade, o medo, a conquista, o enfrentamento, o descobrir, o mistério, o encantamento... Tudo.
Alice mata o monstro. Morre de medo, mas o medo só a deixa após a possibilidade de enfrentamento. Ela vence. E, como prêmio, pode ter o sangue, que a levará para onde ela quiser.
"Posso voltar para casa?" Se você assim desejar, pode... Pode o impossível, o possível, e o voltar pra casa.


O país das Maravilhas sempre esteve dentro de Alice, porque sempre a pertenceu.

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