domingo, 29 de novembro de 2009

Bolha de vidro.

A bolha de vidro é quente como o útero. Aconchegante como a infância feliz. Bela como a fé perfeita.


Só não funciona direito: aprisiona. Nem lembra a vida de verdade.
Não se faz do exercício do devorar. Apenas observa, fria e defensivamente.


É vazia.


Toda bolha, seja de vidro, ou de qualquer coisa pronta, segue a natureza do não se encher.

Aí está sua beleza e sua maldição. Proteção.

2 comentários:

  1. A graça pode estar no risco de sair da Cavern... ops, da bolha.

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  2. Por isso que só sou amiga por interesse: a inteligência dos queridos é pré-requisito. :)

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